Antes de surgirem revistas específicas sobre skate, a editora Abril já apostava na existência de uma cultura jovem no país. Assim, em 1972 surgiu a primeira revista voltada para a juventude brasileira, notoriamente tendo o rock como assunto principal. A Revista POP teve 82 edições em seus quase sete anos de existência, entre novembro de 1972 e agosto de 1979. O interessante é notar que essa revista trouxe o skate como um tema de destaque em diversas edições, chamando a atenção para campeonatos e skatistas de destaque na época, como Jun Hashimoto, Kao Tai, Marcelinho e Luis Roberto Rodrigues de Moraes (o “Formiga Atômica”).
No entanto, a primeira revista específica sobre Skate que surgiu no Brasil foi a Revista Esqueite, que teve apenas duas edições (a primeira de setembro de 1977 e a segunda de outubro/novembro de 1977).
Em 1978 surgiu a segunda revista específica sobre skate no Brasil, a BRASIL SKATE, que em três edições cumpriu um papel importante no período, por atuar como uma das pioneiras na divulgação do skate no país.
Em 1985 surgiu, pela Brasil Repórter Editora, a revista Overall, que em sua edição de número zero exibia na capa o skatista Álvaro “Porquê” – fazendo jus ao título de Overall, uma vez que o Porquê mandava ver tanto no vertical quanto no street.
Entre os anos de 1988 e 1990, circulou a revista SKT NEWS, na verdade mais um fanzine sobre skate, de menor tamanho e distribuição gratuita.
Para completar o quadro, não podemos nos esquecer da revista VITAL SKATE, cujo editor era Itagyba de Oliveira. A Vital Skate nasceu como uma edição especial da revista de saúde Vital. Ainda nos anos 1980, vale destacar também o álbum de figurinhas Overall Skate Stamps, que circulou em 1987 e foi responsável pelo primeiro contato de toda uma geração com o skate.
Em 1994 surge a revista One Street Magazine, capitaneada por Diorandi Nagao. Teve vida breve: apenas duas edições foram lançadas. Em agosto de 1995, o então skatista profissional Alexandre Vianna publica a primeira edição da 100% Skate Magazine, na verdade um zine preto e branco com oito páginas e Bob na capa. Era o começo de uma história de conceito, credibilidade e longevidade.
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